O marketing jurídico é frequentemente visto como uma prática homogênea, onde todos os escritórios de advocacia adotam estratégias similares, seguindo regras estritas da OAB. Mas essa visão simplista está longe da realidade. O marketing jurídico é, na verdade, um campo que exige criatividade, análise de público e diferenciação estratégica. Cada escritório tem suas próprias características, áreas de atuação, perfis de clientes e objetivos de negócios, o que torna essencial a personalização das estratégias de marketing.
1. A importância do posicionamento O primeiro passo para entender por que o marketing jurídico não é tudo igual está no posicionamento. Um escritório especializado em Direito Tributário para grandes empresas tem um discurso, um tom de comunicação e uma abordagem completamente diferentes de um escritório focado em Direito de Família para pessoas físicas. O público-alvo dita o conteúdo, os canais e até o design da identidade visual.
2. Comunicação com ética, mas com identidade Apesar das limitações impostas pela OAB, ainda é possível comunicar de forma estratégica, ética e criativa. A chave está em entender como gerar valor sem fazer propaganda direta. Por exemplo, um escritório pode se tornar referência publicando conteúdos relevantes, promovendo eventos, fazendo networking qualificado e estando presente nos canais certos com autoridade.
3. Jornada do cliente jurídico Outro ponto que diferencia as estratégias é o momento da jornada de compra em que o potencial cliente se encontra. Escritórios que atuam em demandas urgentes (como ações trabalhistas ou de consumo) precisam de um tipo de marketing mais direto e que priorize SEO e presença digital. Já escritórios consultivos investem em marketing de relacionamento, branding e geração de autoridade ao longo do tempo.
4. Estrutura interna e objetivos de negócio A maturidade da estrutura interna também influencia: um escritório que deseja escalar precisa investir em processos, CRM e marketing de performance. Já um escritório boutique pode focar na construção de reputação e presença em nichos estratégicos. Tudo muda quando o objetivo é captar novos clientes, fidelizar os existentes ou tornar-se referência em determinada área.
Ignorar essas nuances é desperdiçar tempo e recursos. Marketing jurídico de verdade é feito com estratégia, análise e diferenciação. Não existe receita pronta. Existe planejamento, testes, ajustes e muita escuta do mercado.